Com vista a aumentar o acesso à energia limpa em Moçambique e noutros países da África Austral, a Corporação Financeira Internacional (IFC) e o ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), através do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), anunciaram hoje uma colaboração para desenvolver o projecto Hidroeléctrico de 1.500 Megawatts e as infra-estruturas associadas de transporte de energia.
Segundo o comunicado que o MZNews teve acesso, o Projecto Hidroeléctrico irá fornecer energia para satisfazer a crescente procura doméstica em Moçambique e transformar o país num polo energético regional. Espera-se que a restante produção de energia seja exportada para países vizinhos, incluindo a África do Sul, onde a procura por energia limpa é elevada.
O comunicado refere ainda que o projecto também irá acelerar a transição energética, para a energia limpa na África Austral, para combater as alterações climáticas. Com um custo estimado de 4,5 mil milhões de dólares, o projecto inclui o desenvolvimento de uma barragem, uma central hidroeléctrica com capacidade de até 1,500 Megawatts e uma linha de transporte de energia eléctrica em alta tensão de 1.300 Km, a partir do local do projecto na província de Tete para Maputo, capital de Moçambique.
A conclusão do empreendimento está prevista para 2031. “Mphanda Nkuwa irá contribuir na concretização da visão do governo para o acesso universal à electricidade no país até 2030, estimular a rápida industrialização e impulsionar o crescimento por meio de uma infraestrutura de transporte, fiável, e fornecimento de energia competitiva”, disse Carlos Yum, director do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa. “A energia limpa e sustentável é um dos principais impulsionadores do desenvolvimento económico e social. Temos o prazer de aproveitar a experiência da IFC no desenvolvimento e financiamento de grandes projectos hidroeléctricos em África e globalmente para impulsionar o fornecimento de energia renovável acessível em Moçambique e satisfazer a crescente procura de energia no país”, disse Carlos Katsuya, director Sénior da IFC para Moçambique.
A IFC irá trabalhar com o governo de Moçambique, em colaboração com o GMNK, para a estruturar este projecto importante, incluindo a revisão do desenho técnico, salvaguardas ambientais, estruturação comercial e financeira. O objectivo é ajudar a mobilizar o investimento privado competitivo para colocar o projecto em operação comercial e apoiar a transição energética sustentável do país.
De referir que a IFC é membro do Banco Mundial, e é a maior instituição financeira de desenvolvimento global focada no sector privado e nos mercados emergentes.