O património da extinta empresa estatal Correios de Moçambique vai ser liquidado através de um concurso público, depois de concluídas todas as avaliações necessárias ao processo de venda, segundo um responsável do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE).
“Depois de o governo determinar a quota dos imóveis, a comissão liquidatária vai lançar um concurso público com preços de referência. Nessa corrida quem pagar mais é que vai ficar com o imóvel” lê-se no jornal Savana, de 29 de Abril de 2022.
Recentemente, a consultora Intellica, SA concluiu que todos 176 imóveis da Correios de Moçambique, em todo o país (excepto Cabo Delgado), estavam avaliados em 1.1 mil milhões de meticais, revelando uma sobrevalorização. Descubra mais…
O Administrador do Pelouro do Controlo de Participações no IGEPE e Presidente da Comissão Liquidatária da Correios de Moçambique, Raimundo Matule, disse que a avaliação da Intellica, SA não determina e não terá qualquer impacto sobre o preço de venda dos edifícios, pois o valor correspondente a cada imóvel vai obedecer o preço de referência do mercado. “… e quem poder pagar mais terá a possibilidade de ficar com o imóvel”.
Citado pelo jornal, Matule disse que a consultoria da Intellica, SA – uma empresa ligada ao Ministro da Agricultura, Celso Correia, segundo o Centro de Integridade Pública (CIP) – serviu apenas para a contabilidade interna da Correios de Moçambique.
“Através dessa avaliação a empresa passa a saber quanto vale ou tem de património”, disse.
Raimundo Matule disse ser da competência do Estado indicar, no cômputo dos imóveis da Correios de Moçambique, os que deverão albergar instituições do Estado e os reservados à liquidação.
Em um artigo, o CIP revelou que em alguns edifícios da Correios de Moçambique no centro da cidade de Maputo estão a funcionar empresas privadas de comércio.
http://896.424.mywebsitetransfer.com/cip-desconfia-dos-precos-de-liquidacao-dos-edificios-da-correios-de-mocambique/
Além dos imóveis ainda há mais activos por avaliar, entre tantos, móveis, viaturas, mobiliário e material de escritório, disse Matule.