Vulcão subaquático entra em erupção e causa tsunami em Tonga

Vulcão subaquático entra em erupção e causa tsunami em Tonga

Um vulcão subaquático Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, no pacífico, entrou em erupção, este sábado, na capital das ilhas de Tonga, Nuku’alofa, e desencadeou um tsunami que levou os moradores da cidade ao desespero. Até hoje não houve relatos de perdas de vidas humanas.

“O chão estremeceu, a casa inteira estremeceu. Estava vindo em ondas”, disse uma testemunha, acrescentando que já sabia tratar-se de um tsunami “quando a água entrou em casa”.

A erupção durou oito minutos e a sua intensidade foi percebida “como um trovão distante” nas Ilhas Fiji, a mais de 800 quilómetros de distância, disseram as autoridades da capital, Suva.

O vulcão provocou uma onda de 1,2 metros em Nuku’alofa, cujos habitantes se refugiaram em zonas altas, deixando casas inundadas com danos estruturais.

A cidade sofreu danos relevantes e, até ao momento, as nossas fontes indicam que as conexões telefónicas e de internet estão interrompidas, deixando seus mais 105.000 habitantes praticamente incomunicáveis.

“O tsunami teve um impacto significativo na costa, no lado norte de Nuku’alofa, com barcos e grandes pedras levadas a praia”, disse, hoje, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.

“Nuku’alofa está coberto por uma espessa camada de cinzas vulcânicas, mas as condições são calmas e estáveis”, acrescentou Ardern.

Os efeitos imediatos da erupção foram sentidos em larga escala, da Califórnia, nos Estados Unidos ao Japão e levou autoridades de vários países a pôr em prática medidas de segurança de emergência.

Por exemplo, no Alasca, a 10.000 quilómetros do epicentro, ouviu-se um rugido forte, e na Escócia, nos antípodas (pontos diametralmente opostos de uma superfície) do vulcão, a estação meteorológica de Fife registou uma subida na pressão do ar devido a esse fenómeno.

Na Califórnia, a cidade de Santa Cruz foi afectada por inundações devido a um maremoto gerado por um tsunami, de acordo com vídeos compartilhados pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.

A falta de comunicação com a região está a dificultar a contabilização dos danos, mas as autoridades das proximidades consideram avultadas, principalmente nos litorais.

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