Simpatizantes e apoiantes de Venâncio Mondlane espancaram um observador do CNJ depois de ter sido flagrado a tentar subornar o delgado de candidatura do partido Podemos e o escrutinador da mesa de votação, na noite de sábado, no distrito de Maganja da Costa, província da Zambézia. Cada um ia receber 15 mil meticais.
A ideia do suborno era a de facilitar a introdução de boletins de voto visando o benefício de outro partido político.
O delegado de candidatura do Podemos disse e estranhou a movimentação no recinto de votação, depois de o dia ter iniciado sem sobressaltos. Contou que, entretanto, foi chamado pelo presidente da mesa de votação para abordar o esquema.
“Disse: irmão, nós queremos te dar um dinheiro para podermos ganhar a mesa. Primeiro eu disse não aceitaria porque estava a trabalhar para ajudar o meu povo. Não recebi o valor. Fui ter com o meu mandatário e com o delegado. Apresentei o caso. Eles disseram para receber o valor e constituir a prova do crime”
O escrutinador, que confirma a tentativa de suborno, disse que primeiro foi aliciado com dez mil meticais. Recusou e pediu 15 mil. Contou que apresentou o valor ao partido que, igualmente, disse que o valor vai servir para constituir a prova do crime.
“O valor era para anular os votos do candidato Venâncio Mondlane e favorecer a vitória de Daniel Chapo nessa mesa”, disse.
A polícia foi chamada a intervir e o ambiente agudizou os ânimos.
Segundo a STV, nas quatro mesas de votação, para as eleições presidenciais, o candidato da Frelimo, Daniel Chapo, conseguiu 332 votos; Venâncio Mondlane 331; Lutero Simango 12; e Ossufo Momade conquistou oito votos.
Para a Assembleia da República a Frelimo obteve 304 votos; Podemos 282, Renamo 53; e MDM 11 votos.
Para a Assembleia Provincial a Frelimo obteve 309; Podemos 183, Renamo 55; e MDM nove votos.
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