Vice-presidente da CNE, Fernando Mazanga, denuncia Daud Ibramogy por ameaças de morte

Vice-presidente da CNE, Fernando Mazanga, denuncia Daud Ibramogy por ameaças de morte

O vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga, processou criminalmente o vogal da instituição, Daud Ibramogy, por ameaças de morte.

A ameaça terá sido feita no decurso da 31ª sessão plenária extraordinária, de 9 de Novembro, avança o Boletim Eleitoral do Centro de Integridade Pública. Era uma sessão de aprovação dos presidentes das comissões distritais de eleições.

A queixa foi apresentada na terça-feira (14), e Mazanga deverá oficializar, hoje, no Departamento Criminal da Procuradoria-Geral da República.

Refere o documento que existem testemunhas que presenciaram troca de palavras entre Mazanga e Ibramogy.

Naquela sessão, entre outros, Ibramogy acusou Mazanga de o ter prejudicando e motivado seu afastamento da mesquita. Na sua perspectiva, os pronunciamentos de Mazanga após a divulgação dos resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro 2023, conduziram a sua queda na mesquita do Aeroporto. À imprensa, em 26 de Outubro, Mazanga disse existirem vogais da CNE oriundo da sociedade civil à reboque do partido Frelimo.

“Este senhor prejudicou a minha vida. Vais morrer. Se eu tivesse a minha arma, dava-te tiro….mas mesmo assim, isso não vai terminar assim. Hei-de ir a tua casa te matar, seu velho bêbado”, disse Ibramogy “no calor do debate”.

Depois da cena, escreve o CIP: “no mesmo dia, Daud Abramogy ter-se-ia arrependido, mas em vez de ligar para Mazanga para pedir desculpas, contactou o bispo dom Carlos Matsinhe, presidente da CNE, para o fazer em seu nome. Matsinhe sugeriu um encontro entre Mazanga e Daud, sob sua mediação, onde Daud iria pedir desculpas. O encontro ficou agendado para segunda, 13 de Novembro, mas Daud Abramogy não compareceu até às 15 horas, acima da hora marcada. Quando contactado, alegou que estava no engarrafamento”.

Por outro lado, Daud Ibramogy diz que também está a sofrer ameaças de morte perpetradas por vogais da Renamo, e alega desconhecer a existência de um processo-crime contra si iniciado por Mazanga.

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