- Submeteu candidatura com 20 mil assinaturas e “deixou as outras de repouso”
- Já passeou a classe pelos três maiores partidos, e agora entra na arena com a CAD
O cidadão Venâncio Mondlane submeteu há momentos, a sua candidatura à Presidência da República, no Conselho Constitucional, visando as eleições gerais de 09 de Outubro. O acto foi encabeçado pelo seu advogado Elvino Dias.
“Esta é uma candidatura que deve demonstrar uma nova era para Moçambique, em que temos de acabar com o fundamentalismo partidário em Moçambique. Temos de ir para uma agenda comum, uma agenda nacional. Pensamos em um projecto nacional muito além dos círculos onde pensamos que somos os donos”, disse.
De acordo com o candidato, foram apresentadas ao conselho constitucional 20 mil assinaturas. Entretanto, à imprensa disse que na campanha de recolha de assinaturas conseguiu 120 mil assinaturas válidas, no total de 350 mil recolhidas.
“Em termos de assinaturas brutas tivemos cerca de 450 mil”, revelou.
A candidatura de V. Mondlane é suportada pela Coligação Aliança Democrática (CAD), que congrega nove partidos e cerca de 20 organizações da sociedade civil.
“Ao todo são 21 partidos que, de facto, apoiam a minha candidatura, sendo que, formalmente, nove partidos constam dos estatutos da CAD”, referiu.
Ele disse que a sua associação à CAD representa uma aliança inter-geracional uma vez que membros de várias faixas etárias se podem rever na coligação. Mas também, diz que a mesma se deve à experiência da CAD nos meandros da política nacional.
Breve estrada do peregrino com uma e única justificação
Venancio Mondlane iniciou o seu percurso político no partido Frelimo. Quando sentiu desconforto entre os camaradas refugiou-se no Movimento Democrático de Moçambique (MDM). A mesma percepção o lançou para a Renamo. Pela Frelimo não concorreu a cargos de relevância social. Já, no MDM e na Renamo foi cabeça de lista para as autárquicas. Perdeu nas duas corridas que fez pelos partidos à Praça da Independência, em Maputo. No MDM foi deputado na Assembleia da República (AR). Na Renamo foi deputado, relator da bancada na AR, assessor político e pessoal de Ossufo Momade, o presidente do partido. Quis afastar Ossufo Momade da liderança e acabou escoriado, e recentemente, apresentou um documento de saída do partido. Agora, na CAD, é o candidato presidencial.
Em todas as vezes que sai de um para outro partido até chegar à CAD “repetiu” a justificação: “A organização que respondia melhor aos meus anseios e aquilo que eu acho que são os anseios da população moçambicana foi justamente uma coligação”.
Deixe uma resposta