A Polícia da República de Moçambique disparou balas e lançou gás lacrimogénio para dispersar apoiantes de Venâncio Mondlane, esta manhã, na cidade de Nampula.
Uma pessoa foi baleada, gravemente. Há vários feridos. Ainda se desconhece o estado das outras vítimas. Imagens em nosso poder mostram uma vítima ensanguentada sendo socorrida. Também não se sabe se as balas são ou não de borracha.
O candidato à Presidente da República, e autoproclamado vencedor das eleições de 09 de Outubro, está na capital do norte, e esta manhã reuniu centenas de pessoas na principal praça da urbe, a praça da Liberdade.
Pelo menos um carro blindado da Unidade de Intervenção Rápida e outro do tipo Mahindra foram vistos no local.
Ao som dos primeiros tiros, o candidato, que estava entre o aglomerado de simpatizantes, foi recolhido às pressas por seus seguranças para a viatura. Ainda assim, manteve-se no local. A polícia retirou-se. A marcha segue.
Esta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado onde dá a conhecer que intimou, pela segunda vez, Venâncio Mondlane, a comparecer em sede de tribunal. Criticou o seu desrespeito pela justiça, e por proferir discursos que podem desaguar em convulsões sociais.
Em outro comunicado, a PGR criticou os intervenientes políticos que faltam com a ética e se autoproclamam vencedores das eleições presidenciais. Notou que as irregularidades que não configurem ilícitos eleitorais são puníveis com penas de dois a oito anos de prisão, “se outra [pena] mais grave não couber”.
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