O candidato independente à Presidência da República, Venâncio Mondlane, vai, na tarde de hoje, à Procuradoria-Geral da República (PGR) submeter uma queixa-crime contra o maior partido do país, a Frelimo, pela suposta prática de mais de 40 ilícitos eleitorais.
“Tenho aqui uma listagem de irregularidades que foram cometidas pelo partido no poder, a Frelimo. Foram mais de 40 casos registados de ilícitos, irregularidades e até eleitorais, cometidos por este partido, de forma aberta, ousada, e que até este momento não existe nenhum processo, não foi instaurado nenhum auto contra este partido” referiu, durante uma comunicação à nação.
Recorde-se que, recentemente, Venâncio Mondlane, cuja candidatura é apoiada pelo partido Podemos, foi notificado a comparecer na PGR para prestar declarações sobre uso de música de campanha que atenta contra o bom nome de instituições do Estado, o Presidente da República, Filipe Nyusi, a Comissão Nacional de Eleições, e partidos políticos.
Entretanto, sobre o seu ataque à Frelimo, Mondlane aludiu à postura das entidades competentes em actuar sobre crimes eleitorais que o fazem contra partido da oposição logo na primeira oportunidade.
“Mas o partido no poder faz e desfaz, ao seu bel-prazer, a propósito e despropósito”, criticou.
Segundo Venâncio Mondlane, as irregularidades cometidas pela Frelimo ao logo de 20 dias de campanha incluem o uso de bens e recursos públicos.
Mas, por outro lado, reconheceu que o partido Podemos também cometeu ilícitos eleitorais, como o caso de um membro que, em Tete, rasgou uma bandeira do partido Frelimo.
“Nós condenamos de forma veemente. Este jovem foi detido, julgado e condenado a dez dias de prisão efectiva, e ao pagamento de uma multa correspondente entre dez e vinte salários mínimos”, disse.
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