O candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane, convocou, esta noite, greve-geral, concentrada em todas as capitais provinciais, portos e fronteiras do país, durante três dias, a partir de quarta-feira (13) até sexta-feira (15).
Segundo o candidato apoiado pelo partido Podemos, esta é a primeira etapa da quarta-fase das manifestações pacíficas.
“Depois da primeira fase, vamos indicar as medidas da segunda-fase da quarta etapa” alertou.
Ele explicou que as marchas se devem concentrar naqueles pontos porque é onde estão instalados os negócios dos que “estão a destruir a nação, a roubar e humilhar o povo”.
Apelou aos simpatizantes dos movimentos a se absterem da actos de vandalismo de propriedade alheia. Instou aos motoristas de camiões de carga a interromper as viagens em sinais de protestos. “Parar o carro, desligar, tirar a chave e ir para casa, como fizeram na África do Sul”.
Em uma entrevista, concedida ontem à CNN Portugal, Mondlane avançou que a quarta-fase das manifestações seria penosa para a economia moçambicana.
Na terceira fase das manifestações, que durou sete dias, a maior fronteira terrestre do país, a de Ressano Garcia, foi encerrada por dois dias, em consequência das manifestações. A fronteira liga Moçambique e África do Sul.
A Autoridade Tributária estima perdas de 1,5 milhões de meticais por dia com o encerramento das operações transfronteiriças.
O Centro de Integridade Pública estima que, em dez dias de manifestações, o país tenha perdido 24,5 mil milhões de meticais, equivalentes a dois porcentos do seu Produto Interno Bruto.
Os protestos contra os resultados eleitorais “fraudulentos” iniciaram no dia 21 de Outubro passado.
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