O Embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique, António Sánchez-Benedito (UE), reafirmou esta quarta-feira, em Maputo, o comprometimento da sua organização no apoio à integração do país na zona de livre comércio africana.
Segundo o diplomata, o bloco europeu já está a trabalhar com as autoridades nacionais com vista a facilitar a inserção do país na maior área de livre comércio do mundo, que entrou em vigor em Janeiro.
“Para além dos acordos de parceria económica que rubricámos, estamos a adoptar, conjuntamente com as autoridades moçambicanas, um programa denominado Promover Comércio’. Há iniciativas conjuntas com a SADC, com vista a garantir a implementação da zona de livre comércio e, por essa via, Moçambique também se beneficia”, disse.
Falando à margem de uma mesa-redonda que decorreu sob o lema “Zona de Comércio Livre Continental Africana: um factor de mudança para o continente e para Moçambique”, o diplomata considerou ser crucial que o país avance para a integração, realçando ser um processo imparável e que, por isso, é sempre melhor não perder a oportunidade.
De acordo com o Banco Mundial, a Zona de Livre Comércio Continental Africana representa um bloco económico de mais de 1,3 bilião de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) conjunto de 3,4 triliões de dólares.
A instituição financeira multilateral considera ainda que o livre comércio em África tem potencialidade para retirar 30 milhões de pessoas da pobreza extrema, realçando, contudo, que a consecução do seu potencial pleno dependerá da adopção de reformas de políticas e medidas de facilitação de comércio significativas. Entretanto, António Sánchez-Benedito considera haver inúmeros desafios para que os resultados do livre comércio em África comecem a ser visíveis porque o volume das trocas comerciais, tanto na SADC, como no continente, ainda é bastante reduzido.
“Como principal parceiro económico e comercial de Moçambique, a UE entende ser fundamental que o país tenha uma estratégia de desenvolvimento de longo prazo e isso será também vantajoso para a sua integração continental. É por isso que estamos a reforçar os nossos laços económicos e a criar oportunidades para o sector privado e para o emprego com uma atenção particular para os jovens, mulheres, pois só assim é que este processo será inclusivo”, frisou.
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