Ucrânia: “Filipe Nyusi disponível para o que for necessário para a paz”

Ucrânia: “Filipe Nyusi disponível para o que for necessário para a paz”

O Presidente da República “ofereceu o seu contributo pessoal e de Moçambique para aquilo que a Rússia achar necessário para a conquista da paz e o término do conflito que se está a viver entre a Rússia e a Ucrânia”, disse o ministro das Obras Públicas.

Carlos Mesquita revelou isso em conferência de imprensa, ao lado de Lavrov, as posições assumidas no encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da diplomacia russa.

A disponibilidade de Nyusi surge depois de, há cinco dias, por outras palavras, ter dado conta da mesma disposição junto do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

No momento, Filipe Nyusi usou a rede social Facebook para declarar “abertura para ajudar a aproximar as duas partes, incluindo acolher o diálogo no território nacional, com vista ao alcance de paz na Ucrânia”.

Tanto Kuleba como Lavrov convidaram Nyusi a visitar os respectivos países, sendo que no caso da Rússia, o chefe da diplomacia apontou já uma data: disse estar previsto um encontro do Presidente moçambicano com Putin à margem da cimeira Rússia-África a realizar de 26 a 29 de Julho em São Petersburgo.

Moçambique tem sido um dos países que se tem mantido neutro face à invasão russa da Ucrânia e à guerra, considerando-se assim em melhor posição para apelar a um diálogo que termine o conflito, mensagem que tem transmitido a partir do seu lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um mandato de dois anos iniciado em Janeiro.

Rússia e Ucrânia têm reagido, dizendo que respeitam a posição de Maputo.

“A neutralidade pode ter diferentes formas”, mas, nos encontros em Maputo, “senti uma forte simpatia e apoio – que não é neutral, é favorável à Ucrânia”, disse Dmytro Kuleba na última semana, citado pela Lusa.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo disse ontem apreciar o facto de “Moçambique ter a sua própria posição” face ao que classifica como “chantagens” dos parceiros ocidentais.

Nyusi assume uma posição em linha com a de outros chefes de Estado africanos.

Ciryl Ramaphosa, Presidente sul-africano, e cinco outros chefes de Estado do continente vão deslocar-se à Rússia e à Ucrânia em Junho para tentar iniciar conversações de paz entre as duas nações em conflito, disse na última semana um alto funcionário do Governo da África do Sul.

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