O Tribunal Judicial da cidade de Maputo ordenou a suspensão das obras de construção da central de betão, parcela 660 A, no bairro da Costa do Sol. A decisão foi notificação esta segunda-feira (11), pela juíza do Direito, na cidade de Maputo, por julgar ilegal a construção, favorecendo os residentes queixosos.

Depois das audições em julgamento dos residentes queixosos e da direcção da central de betão, a juíza do Tribunal Judicial da capital do País, disse através de um documento, que a decisão tomada deve-se ao facto deste empreendimento poder afectar a qualidade de vida dos moradores e a segurança dos mesmos, havendo também, a possibilidade de alterar a  paisagem, criar impactos na qualidade da água e do solo.

“A construção desta central de betão pode causar stress e ansiedade, como também desvalorizar propriedades próximas e os moradores terem dificuldades em vender suas casas a preços justos”, lê-se no documento.

Os moradores da Costa do Sol, zona onde está a ser erguida a central de betão, requereram no Tribunal uma providência cautelar contra a empresa proprietária do projecto, África Great Concrete Manufacture, por entenderem que a implementação daquele empreendimento no meio de casas pode afectar a saúde e o ambiente.

Há dias, o Presidente do Município de Maputo, Razaque Manhique, manteve diálogo a portas fechadas com Yuxiao, o Director Executivo da Brisa Sol, empresa responsável da central de betão em construção em zona habitacional, no bairro da Costa do Sol, cidade de Maputo.

Durante cerca de um hora de conversa entre as partes, não houve uma decisão sobre o futuro do empreendimento e nem a apresentação de propostas para se ultrapassar o problema.

Após o encontro, Consultor de Investimentos da Brisa Sol, Dionísio Coana, disse que esteve na mesa de diálogo os desentendimentos entre a empresa e os residentes do bairro Costa do Sol.