A Agência Metropolitana de Transportes (AMT) adoptou, em Janeiro deste ano, uma única tarifa para as empresas públicas e privadas que prestam serviços de transporte de passageiros. A prática de tarifas bonificadas ainda continua, mas com a chegada dos 80 autocarros movidos a gás isso vai acabar.
Para os utentes, essa medida retira os benefícios de que dispunham ao fazerem-se transportar nos autocarros das empresas municipais. Nestes autocarros públicos as tarifas de viagens são ligeiramente inferiores às dos privados. Os idosos e combatentes também dispõem de benefícios.
No entanto, a AMT disse que com a chegada e entrada em funcionamento dos 80 autocarros recém-importados aquela aprovação deverá ser cumprida. Ou seja, os bónus devem acabar.
A medida será aplicável também aos autocarros já em circulação que ainda continuam a praticar preços diferenciados.
Este facto desagrada os utentes, que, mesmo com escassez de transporte público nas paragens, preferiam esperar para pagar menos.
“Sempre tive orgulho do transporte público por saber que defende questões sociais, mas com essa uniformização sinto que estarão a deixar de cumprir com sua responsabilidade”, apontou Zilda José, residente na Matola, entrevistada pelo jornal “Notícias”.
Para a utente, mesmo com a existência de benefícios para pessoas desfavorecidas nesta uniformização, o cenário mudou, uma vez que todos os utentes passam a pagar o mesmo valor.
O administrador da Empresa de Transportes da Matola (ETM), Zacarias Chissico, e o porta-voz da Empresa Municipal de Transportes de Maputo (EMTPM), Adelino Bucuane, explicaram que as empresas não decidem sobre as tarifas que aplicam, cabendo essa responsabilidade à Agência Metropolitana dos Transportes (AMT).