Um grupo de 124 Organizações Não Governamentais (ONGs) exigem que a petrolífera francesa TotalEnergies abandone as suas operações no norte de Moçambique. Elas dizem que a multinacional não é uma petrolífera a qual se pode confiar.
O grupo divulgou um carta, citada pela DW, onde referem que a actual ‘força maior’ decretada pela petrolífera constitui oportunidade para os bancos e instituições financeiras “reconsiderarem o seu envolvimento no projecto”, que já se terá provado “desastroso” mesmo antes de iniciar.
A TotalEnergies é líder do consórcio da Área 1, da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, para um projecto de exploração de gás natural. A petrolífera iniciou com o projecto, mas, logo no princípio, o suspendeu devido à insurgência armada na província.
O grupo de ONGs quer que seja realizada uma avaliação “verdadeira, abrangente e independente” sobre o projecto, antes que se considere tomar e avançar com qualquer decisão. A sociedade civil quer ser parte dessa avaliação.
Elas exigem igualmente que sejam suspensos os apoios para os demais projectos de gás existentes em Cabo Delgado, nomeadamente, o Rovuma LNG e o Coral North LNG”.
A missiva tem como um dos alvos principais instituições financeiras como Banco de Importações e Exportações dos Estados Unidos, o Banco do Japão para a Cooperação Internacional, o Afreximbank e o Banco Africano de Desenvolvimento, além de instituições privadas como Société Générale, Crédit Agricole, JP Morgan, Standard Chartered ou o ABSA Bank, escreve a DW.
Na perspectiva das ONGs a continuidade do investimento no gás em Cabo Delgado, vai perpetuar os conflitos armados e permanência de contingente militar na província.
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