Tirupati quer controlar 8% do mercado global de grafite após aquisições em Moçambique

Tirupati quer controlar 8% do mercado global de grafite após aquisições em Moçambique

A Tirupati Graphite planeia começar a produzir 50.000 toneladas métricas de grafite no próximo ano em Moçambique, visando 8% da produção global até 2030, disse o seu presidente executivo em entrevista concedida à Reuters.

Um material crítico na produção de baterias usadas para armazenar energia e alimentar veículos elétricos, o grafite é extraído principalmente na China, Moçambique, Madagascar e Brasil.

A Tirupati, listada em Londres, adquiriu dois projectos de grafite em Moçambique em Montepuez e Balama da empresa de exploração australiana Battery Minerals Ltd em Abril.

Também possui operações de mineração e processamento de grafite em Madagascar, com capacidade para produzir 30.000 toneladas anuais.

Segundo a fonte que cita a Agência Internacional de Energia, as vendas de veículos eléctricos devem aumentar para 14 milhões este ano, ante 10 milhões em 2022, aumentando desde modo a demanda por minerais usados ​​em baterias, como grafite e lítio.

Depois de adquirir os activos moçambicanos, a Tirupati está a caminho de começar a produzir 50 mil toneladas de grafite em flocos por ano em Montepuez, disse ainda o presidente executivo Shishir Poddar.

Ainda de acordo com a Reuters a Tirupati pretende aumentar a produção para 400.000 toneladas anuais de Moçambique e Madagáscar ao longo de sete anos.

Os dois projectos moçambicanos têm actualmente licenças para produzir 158 mil toneladas anuais, mas a produção será alargada à medida que o mercado global for crescendo, disse Poddar.

Poddar disse que a demanda global por grafite deve triplicar, para 5 milhões de toneladas até 2030.

“Esta é uma situação muito desafiadora para o desenvolvimento de capacidade. Da nossa parte, chegamos a uma conclusão que nos permite atingir 8% da demanda global como nossa capacidade que desenvolveremos até 2030”, disse Poddar.

A Tirupati também está se posicionando para se beneficiar da pressão dos governos ocidentais para reduzir a dependência da China, que atualmente domina o fornecimento global de minerais para baterias, disse ele.

Atualmente, a empresa vende grafite para os Estados Unidos, Europa, Índia e Japão.

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