Os últimos ataques terroristas levaram 67.321 pessoas a se deslocarem de suas zonas de origem, na província de Cabo Delgado, para locais mais seguros, informou, hoje, o porta-voz do Conselho de Ministros.
De acordo com Filmão Suaze, o número corresponde a 14.270 famílias que procuraram refúgio no distrito de Eráti, na província fronteiriça de Nampula, havendo, porém, famílias refugiadas em outros locais dentro da província de Cabo Delgado.
“Estão num centro provisório de emergência, no distrito de Eráti. Está sendo feito um trabalho para que sejam melhoradas as condições das escolas, casas de familiares ou de desconhecidos para onde as pessoas se foram refugiar”, assegurou.
Ele referiu que estão em provisão kits variados, como os de alimentação, higiene e abrigo. “É assim como temos trabalhado e não há outra forma como se pode intervir nessas situações”.
Os kits serão garantidos aos deslocados até que a situação esteja normalizada, “ou até que se avance para uma situação de um centro efectivo para a acomodação dessas pessoas”.
Em contrapartida, mas sem avançar os números, Filimão Suaze disse que se assiste, igualmente, um movimento de retorno de alguma população para suas zonas de origem em Cabo Delgado, “à medida que se vão dissipando algumas situações de ameaça”.
Questionado sobre condições criadas para crianças deslocadas prosseguirem com os seus estudos, o porta-voz apontou para possibilidade de se criar mecanismos ad hoc de modo a assegurar a continuidade do ensino.
“É um assunto que preocupa o sector da Educação e vão ser encontradas soluções específicas a exemplos do que tem acontecido nas outras situações, fora da questão do terrorismo, como os ciclones que têm levado ao encerramento de escolas e deslocamento de populações de uma zona para outra, o que depois leva a atrasos do cumprimento dos programas ou currículos da escolas”, referiu.
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