Terrorismo: África do Sul alarga presença militar em Cabo Delgado até final deste ano

Terrorismo: África do Sul alarga presença militar em Cabo Delgado até final deste ano

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, estendeu a presença dos militares do país na província de Cabo Delgado até 31 de Dezembro, para o combate aos grupos armados que actuam na região, refere uma comunicação do chefe de Estado ao Parlamento sul-africano citada pelo jornal SAVANA.

“Informei à Assembleia Nacional que decidi estender o destacamento de 1.495 membros da Força de Defesa Nacional da África do Sul [SANDF, na sigla em inglês] ao serviço do cumprimento da obrigação internacional da África do Sul para com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para o combate a actos terroristas e do extremismo violento que afectam áreas do norte de Moçambique”, lê-se na nota de que Ramaphosa enviou ao Parlamento a 15 de Abril corrente.

Segundo a mesma publicação, esta extensão é baseada numa cobertura legal para o contingente que ainda se encontra em Cabo Delgado, cujo mandato terminou a 15 de Abril corrente.

“Tecnicamente não se trata de uma extensão do mandato das tropas sul-africanas em Cabo Delgado. Basicamente o Presidente Ramaphosa procurou encontrar uma cobertura legal para as forças que ainda estão no terreno”, assinalou.

A presença dos militares sul-africanos enquadra-se na operação “vikela” – uma expressão da língua zulu que significa “defenda” – nota o chefe de Estado sul-africano no seu texto.

“Os membros da SANDF destacados vão continuar com as suas responsabilidades de combate de actos terroristas e extremismo violento no norte de Moçambique ao abrigo da operação ´vikela`de 16 de Abril de 2024 até Dezembro de 2024”, informou Ciryl Ramaphosa à Assembleia Nacional da África do Sul.

Ramaphosa nota que o destacamento da força decorre ao abrigo da secção 201 (2) (C) da Constituição da República da África do Sul e está orçado em 984.368.057 rands.

O chefe de Estado sul-africano diz na mesma comunicação, que vai também informar o Conselho Nacional das Províncias da decisão de prolongar a presença do efectivo militar em Cabo Delgado.

A decisão de Cyril Ramaphosa é um recuo em relação à decisão da Missão Militar da SADC (SAMIM), que já começou a retirada do seu contingente em Cabo Delgado, em cumprimento de um calendário traçado no ano passado.

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