Reserva Especial de Maputo recebe quatro chitas, pela 1ª vez desde a década de 1960

A Reserva Especial de Maputo recebeu quatro chitas, “pela primeira vez desde a década de 1960”, uma espécie ameaçada de extinção no país, anunciou hoje a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), em comunicado.

Os quatro felinos, provenientes de duas reservas privadas de caça sul-africanas, chegaram a Moçambique na sexta-feira, onde serão “cuidadosamente monitorizados diariamente pela gestão da reserva” desde a sua libertação.

“A reintrodução da chita é uma medida que visa não só a gestão da capacidade ecológica da reserva para acomodar herbívoros, como também o acréscimo de uma espécie ameaçada de extinção que pode ser observada por quem visita a reserva”, disse Mateus Mutemba, director geral da ANAC, citado no documento.

As chitas cumpriram um período de quarentena durante três semanas, para a sua adaptação, tratando-se, segundo a instituição, da primeira etapa do processo de reintrodução daquele animal considerado “o mamífero terrestre mais rápido do mundo”.

De acordo com a ANAC, quase 5000 animais foram translocados ao longo da última década, no âmbito do programa de repovoamento da reserva, entre os quais elefantes, búfalos, girafas, impalas, kudus, inhalas e zebras.

Ocupando uma área de 1 040 quilómetros quadrados, a Reserva Especial de Maputo foi estabelecida em 1960 e está localizada a 68 quilómetros do centro da capital, Maputo.

O Governo e parceiros têm estado a implementar vários projectos para preservar o ecossistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem junto à costa e também na fronteira mais a sul entre Moçambique e África do Sul.

Agência Lusa

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