O presidente da Renamo denunciou hoje uma onda de perseguições aos seus membros por parte da polícia durante as marchas que contestam os resultados eleitorais, considerando que o seu partido não vai recuar.
“Há perseguição e detenções arbitrárias de cidadãos, bem como invasão e cerco às delegações políticas do Partido Renamo, como é o caso da cidade de Nampula e Maputo –cidade, nesta última onde inclusivamente houve vasculha no terraço do edifício.
“É inexplicável que nesta senda de autêntico terrorismo da Polícia contra os cidadãos e o Estado estejam envolvidos cidadãos vestidos á civil empunhando e disparando armas como se tratasse de mercenários”, avançou o líder da Renamo durante uma conferência de imprensa realizada hoje em Maputo.
Ossufo Momade lamentou o silencio da PGR e do chefe de Estado, Filipe Nyusi face aos “desmandos” que são cometidos pela Polícia da República de Moçambique.
“É também inacreditável que as perseguições e matanças de cidadãos não mereçam nenhuma preocupação da PGR e muito menos do Presidente da República que disse o Povo é o meu patrão”, afirmou.
Renamo vai mais longe e acusa o Presidente moçambicano de tentar “empurrar o país para uma nova guerra”
“Inquieta aos moçambicanos que o senhor Filipe Jacinto Nyusi, Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança esteja a demonstrar com a sua voz de comando que pretende empurrar o país para uma nova guerra”.
Em causa está a repressão policial das marchas lideradas pela Renamo para protestar contra os resultados das eleições de 11 de Outubro, onde a Frelimo foi anunciada como vencedora em 65 das 64 autarquias, à exceção da Beira, ganha pelo Movimento Democrático de Moçambique.
Ossufo Momade reiterou que o seu partido não vai recuar até que se reponha a “verdade eleitoral”, considerando que a Renamo tem provas (editais) que mostram que o partido venceu em diversas autarquias.
“Exortamos a todos os amantes da paz, democracia e do bem-estar a continuarmos firmes na luta pela reposição da vontade expressa no dia 11 de outubro, porque somos por eleições livres, justas e transparentes”, declarou.
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