O processo de reconstrução das infraestruturas sociais e habitações destruídas por terroristas, em Cabo Delgado, e ciclones nas províncias da zona norte, vai custar 300 milhões de meticais, disse, hoje, em Maputo, a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN).
“Já existem muitas infraestruturas que beneficiaram de reabilitação nos distritos de Macomia e Quissanga, e neste momento decorrem levantamento dos níveis de estrago nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia. Portanto, já existe o plano de reconstrução de Cabo Delgado em curso, e a estimativa foi de 300 milhões”, disse, João Machatine Laimone, Coordenador da Unidade de Programas de Comunicação e Assuntos Transversais da ADIN, falando no âmbito da segunda sessão ordinária de apresentação dos resultados das actividades de 2021 e primeiro trimestre de 2022.
O responsável da ADIN, na qualidade de porta-voz, considerou positivas as actividades do ano passado na medida em que a instituição facilitou o movimento, diálogo e implementação dos planos das organizações “Banco Mundial, agências das Nações Unidas, OCHA, OIM e embaixadas” que se ofereceram para apoiar às mais de 850 mil pessoas deslocadas das suas zonas de origem, no âmbito do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado (PRCD).
A ajuda daquelas entidades de cooperação, incluindo a sociedade civil, centraram-se na assistência humanitária como a construção de casas pré-fabricadas, fornecimento de bens perecíveis e não perecíveis, materiais de higiene e saúde e provimento de água potável.
“Facilitamos também a reabertura das vias para as sedes distritais abandonadas devido à insurgência, entre eles as de Macomia, Quissanga, Palma, Mocímboa da Praia e Muidumbe”, enumerou Laimone, revelando que “temos verificado o regresso espontâneo das pessoas às suas zonas de origem, em quase todos esses distritos”, pois “elas já não estão a espera de ‘uma voz de comando’”.
A instituição já conta com um escritório na província do Niassa, [vai abrir outro em Nampula], para facilitar o mapeamento ao detalhe das prioridades de cada parte dessas divisões da zona norte.
Olhado para estes quase dois anos de sua existência, a ADIN assume que as suas actividades mantiveram-se alinhadas com o Programa Quinquenal do Governo, Política e Estratégia de Gestão de Deslocados (PEGD) e Plano de Reconstrução de Cabo Delgado (PRCD 2021-2024).
Neste sentido, a perspectiva da ADIN é de consolidar a sua presença nas três províncias do norte de Moçambique, onde, entre várias acções, vai procurar promover a redução do desemprego, através da capacitação profissional de jovens.