O porta-voz da Renamo, Marcial Macome, assegurou, hoje, que a saúde do Presidente da Renamo, Ossufo Momade, teriam influenciado o adiamento do Conselho Nacional, agendado para 7 e 8 de Março, em Vilankulo, na província de Inhambane.

A suspeita de que Ossufo Momade estaria numa situação delicada de saúde fora levantada pelo facto de ter desaparecido dos holofotes no diálogo político entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e os líderes dos três partidos da oposição com assento na Assembleia da República, Podemos, Renamo e Movimento Democrático de Moçambique, e o extraparlamentar, Nova Democracia.

Nos dois últimos encontros onde se avançaram consensos sobre os termos de referência, enquanto as outras formações políticas se fizeram representar pelos respectivos líderes, a Renamo esteve representada pelos deputados Ivone Soares, e Saimon Macuine.

“Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ele está bem. O Presidente Ossufo Momade tem autonomia própria para indicar quem o deve representar. Eu mesmo o representei no início desse processo. É preciso entender que ele tem vida própria e agendas de fórum pessoal” explicou, esta manhã ao MZNews.

Por outro lado, Macome desqualificou as manifestações de outros membros da Renamo que se opõem ao adiamento do Conselho Nacional, porque a decisão de adiamento foi consertada entre os membros eleitos.

“O Conselho Nacional é um órgão restrito para 120 membros do partido eleitos para o compor. Antes de fazermos a comunicação do adiamento enviamos a carta para todos e concordaram” disse. Outros membros não-eleitos podem participar do Conselho Nacional por inerência de funções, como os representantes dos órgãos sociais do partido, notou. “Entre esses, não há reclamações sobre o adiamento”.

Questionamos ao porta-voz sobre a possível data para a realização do Conselho Nacional e disse que vai depender da decisão da Comissão Política (CP). E quando a CP se vai reunir? “A qualquer momento” disse.