O mundo do futebol vai além dos lances dentro das quatro linhas, berros dos treinadores e batucadas dos adeptos. Há uma série infinita de questões corporativas que garantem e influenciam o estágio do desporto. Do coaching às transferências, há muito jogo de papéis, e um toque de charme “feminino” até que todos os pingos estejam nos is.
Há pouco mais de duas semanas órgãos de informação especializados em desporto davam conta da possível transferência do jogador moçambicano Reinildo Mandava para o Atlético de Madrid. Isto aconteceu uma semana depois, e o MZNews noticiou.
Quando o assunto é transferência definitiva, uma das questões mais curiosas é o valor da transação. No caso do moçambicano o Atlético de Madrid pagou cerca de 218 milhões de meticais (três milhões de euros) ao Lille da França.
Embora as qualidades do jogador “falem” por si, o internacional moçambicano não caiu de pára-quedas no clube espanhol.
A assessoria por trás da sua ida ao Atlético de Madrid foi liderada pela Sociedade de Advogados portuguesa Abreu Advogados, com representação em Moçambique através da JLA Advogados. Esta, apesar de não estar a par desse trâmite, garantiu ao MZNews que à transferência terão sido aplicadas leis europeias, não havendo, por isso, necessidade de comunicar a Moçambique.
O MZNews tentou contactar, hoje, a Abreu Advogados sem sucesso.
A equipa da referida sociedade foi coordenada pelo sócio Fernando Veiga Gomes, co-coordenador da área de Direito do Desporto.
Mandava estreou-se no Atlético de Madrid no jogo de domingo (06), diante do Barcelona, com uma derrota por 4-2.