Programa de agronegócio da Total criou 500 empregos em Cabo Delgado

O projecto de agronegócio “Catalisa”, financiado pelo consórcio de exploração de gás natural liderado pela Total, no norte de Moçambique, criou pelo menos 500 postos de emprego, anunciou esta quinta-feira fonte oficial

“Estamos com cerca de 500 empregos directos criados. Os indirectos não foram avaliados ainda, mas é uma área que nos interessa perceber qual é o alcance”, disse Augusto Jaime, director do programa “Catalisa”, durante um ‘webinar’ sobre o “Impacto Socioeconómico e os Benefícios Sustentáveis do Programa Catalisa”. 

O projecto Mozambique LNG, liderado pela Total, disponibilizou cerca de 10,5 milhões de dólares para a referida iniciativa, que está a ser implementada em oito distritos de Cabo Delgado, nomeadamente Pemba, Chiure, Metuge, Mecúfi, Montepuez, Balama, Ancuabe e Palma. 

O “Catalisa” é um projecto com uma duração de cinco anos, que visa o desenvolvimento de agronegócios e formação de jovens em Cabo Delgado, além de criar cadeias de valor para os produtos locais da província, aproveitando o potencial de desenvolvimento com a exploração de gás. 

Apesar da suspensão do projecto de exploração de gás devido aos ataques armados naquela província, a Total já fez saber que as actividades do programa “Catalisa” continuam tendo sido apenas interrompidas no distrito de Palma. 

“As actividades em Palma foram interrompidas”, na sequência do ataque que ocorreu em 24 de Março, referiu Sheila Come, coordenadora na área de desenvolvimento socioeconómico da Total. 

Segundo o director do programa “Catalisa”, as actividades naquele distrito, que acolhia o projecto de exploração de gás, o maior investimento privado em África (na ordem dos 25 mil milhões de dólares), vão ser retomadas quando forem criadas as condições de segurança. 

“Quando as condições de segurança estiverem criadas [vamos regressar]. Nós vamos lá trabalhar com beneficiários, portanto, é preciso ter as comunidades estabelecidas. É nossa intenção voltar a fazer trabalhos em Palma, mas há todo um trabalho de retorno das comunidades”, referiu Augusto Jaime. 

Agência Lusa

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