PRM quer retomar o modelo antigo de processamento de salários. “Não queremos forçar…”

PRM quer retomar o modelo antigo de processamento de salários. “Não queremos forçar…”

O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, revelou que o seu Comando já submeteu ao Ministério da Economia e Finanças propostas para solucionar os problemas de processamento de salários da polícia.

Falando no sábado perante um grupo de polícias de fronteira, na aldeia de Namuembe, distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, clarificou que o problema decorre da migração do sistema de processamento dos salários, do Ministério do Interior para o da Economia e Finanças. Assim, se propôs a retoma do sistema antigo de processamento de salários, especialmente para a polícia, enquanto se estudam melhores modelos de pagamento.

“Nós adiantámos as propostas e uma delas está a dizer que se houver condições de devolver o salário, nós resolvermos esses problemas e, faseadamente, imigrarmos para o novo sistema, para nós seria bem-vindo porque, em pouco tempo, resolvíamos este problema, mas precisa de bom-senso. Não queremos forçar para dizer que queremos estragar”, revelou, citado pela Rádio Moçambique.

O comandante apela à calma e fidelidade aos agentes da PRM face aos atrasos registados no pagamento dos salários de Junho e Julho deste ano, e explicou que a situação de atrasos nos salários decorre da implementação da Tabela Salarial Única.

“Calma, colegas. Estou a falar para todo o país. Vamos ter calma. Vamos acreditar naquilo que somos e sempre seremos. Sermos fiéis à nossa Pátria Amada, à Constituição da República, aos Comandante Chefe das Forças de Defesa e Segurança, nosso Presidente da República, e aos moçambicanos. O que eu peço mais uma vez é calma, que dêmos voto de confiança”, apelou.

Na ocasião, ele disse que, na qualidade de Comandante-Geral da PRM, não tem mais a quem defender senão aos próprios polícias, e que não existem agentes fantasmas nas fileiras da PRM.

“Defender a vocês a qualquer nível que seja. Alguma coisa está errada. Então, é esta coisa que temos de corrigir, e estamos a trabalhar para corrigir. Essa coisa de dizer que existem funcionários fantasmas não constitui a verdade. Fiquem despreocupados. Nós conhecemo-nos”, assegurou.

Com esse cenário nas fileiras da PRM, Bernardino Rafael, reconheceu que famílias estão a passar por dificuldades.

“Tenho colegas com problemas de saúde, não estão sendo operados porque não tiveram os seus salários. Tenho colegas, incluindo aqui, que as famílias foram expulsas das casas de renda; que as crianças não fizeram os exames, todos os dias estão a reclamar, [nas instituições de ensino] taparam as pautas porque não pagaram as propinas. Estou ciente de tudo isso que está a acontecer”, frisou.

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