Greve de Chapas: Preços dos transportes públicos mantêm-se inalterados

O Ministério do Transporte de Comunicações (MTC) convocou, na manhã de hoje, uma reunião de emergência com as associações de transportadores de passageiros das cidade de Maputo e Matola devido a paralisação de actividade, que iniciou primeiras horas do dia.

Segundo informações de última hora, da reunião decidiu-se que os actuais preços dos transportes públicos vão manter-se inalterados por pelo menos um período de seis meses. Vai haver um subsídio para os transportadores durante um período de seis meses, garantiu o  presidente da Federação Moçambicana das Associações Rodoviárias (Fematro).

“Devemos continuar a transportar as nossas populações e o Estado vai completar esse valor que seria acrescido na tarifa do passageiro”, disse Castigo Nhamane, minutos após a reunião no MTC com o titular da pasta, Mateus Magala.

Os transportadores diziam que o aumento de sete meticais na tarifa de transportes seria o ideal para a sustentabilidade do negócio, no entanto, antes da última actualização dos preços de combustíveis. Mas com o actual cenário a proposta deve ser outra, segundo o presidente da Fematro.

Neste sentido “depois de terminar este subsídio, também o Governo vai dizer alguma coisa. Mas neste momento estamos a garantir o retorno dos autocarros e mini-bus ‘chapa’ para a estrada e continuar a cobrar a tarifa actual. Esta é a garantia que nós estamos a dar aos nossos concidadãos e passageiros”, disse Nhamane, garantindo que ainda hoje os transportes de passageiros voltam a circular “normalmente”.

Na manhã de hoje, antes da reunião, Castigo Nhamane disse, a  canais televisivos nacionais que o MTC mandou chamá-los para abordar a situação.

Nhamane aproveitou a ocasião para distanciar a Fematro dessa greve, embora autocarros lá registados estejam também paralisados.

Só este ano o preço dos combustíveis subiu três vezes, cerca de 27 meticias por litro de gasóleo (diesel). O último reajuste entrou em vigor no último sábado (02), depois de um anúncio feito, na sexta-feira (01), pela Autoridade Reguladora de Energia (Arene).

A gasolina subiu de 83,30 meticais por litro para 86,97 meticais e o gasóleo passou de 78,97 meticais para 87,97 meticais por litro. O gás de cozinha registou a maior subida, passando de 85,53 para 102,2 meticais por quilo, mais 19,5%.

O gás veicular aumentou de 40,57 para 43,73 meticais e o petróleo de iluminação subiu de 71,48 meticais para 75,58 meticais por litro.

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