Petróleo em queda com receio de novos confinamentos na China

Petróleo em queda com receio de novos confinamentos na China

O petróleo está a desvalorizar, numa altura em que os investidores estão de olhos postos no aumento de casos de covid-19 na China, o que pode levar a mais confinamentos e a uma diminuição da procura por esta matéria-prima – já que Pequim é o maior importador de crude do mundo.

Ainda assim, e apesar deste aumento, o governo chinês tem apostado em estímulos à economia, medidas que começam a ter impacto, já que os empréstimos bancários aumentaram em Junho.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a desvalorizar 2,20% para 104,74 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, perde 2,48% para 101,51 dólares por barril.

O conselheiro para a segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou esta segunda-feira que Washington acredita que o grupo OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) consegue aumentar ainda mais a produção desta matéria-prima, à medida que se aproxima uma visita do presidente norte-americano, Joe Biden, ao Médio Oriente. “Consideramos que há capacidade para que mais passos sejam tomados [na produção de petróleo]”, explicou Sullivan.

Isto depois de na última reunião os países membros do cartel terem concordado em aumentar a produção, o que não se traduziu na prática, já que os mesmos produtores afirmaram estar no limite da capacidade.

Já esta terça-feira, foi a vez do director executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, ter indicado que “o mundo nunca experienciou uma crise energética tão grande em termos de profundidade e complexidade” e adiantou que “há possibilidade de não termos visto o pior ainda”.

Já o sector do gás natural está a negociar em terreno positivo em Amesterdão, o mercado de referência para a Europa, que regista esta manhã uma subida de 3,41%, para 170 euros por megawatt-hora, depois de a Noruega ter anunciado que ia reduzir ainda mais as exportações para a Europa, devido a problemas na central de Sleipner, que devem durar até à próxima quarta-feira.

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