A consultora Oxford Economics Africa reviu a previsão de inflação para Moçambique para 7,3% este ano, depois de os preços terem subido 7,8% em janeiro, o valor mais alto desde 2017.
“A taxa anual de inflação subiu mais em janeiro, alcançando o nível mais elevado desde outubro de 2017, principalmente devido ao recente ajustamento no preço dos combustíveis e à continuada inflação dos bens alimentares”, lê-se no comentário sobre a subida dos preços de janeiro.
No comentário enviado aos clientes, e que é citado pela Lusa, a Oxford Economics Africa escreve que “a inflação no índice de preços dos consumidores aumentou 1,1 pontos, para 7,8% em janeiro, quando em dezembro teve um aumento homólogo de 6,7%”.
A inflação registou um aumento de 5,7% em 2021, uma forte subida face aos 3,1% registados em 2020, “num contexto de pressões inflacionárias provenientes das subidas dos preços do petróleo e perturbações na cadeia de distribuição, que se intensificaram desde o primeiro semestre do ano passado”.
A Oxford Economics Africa prevê, assim, “que a inflação e o preço dos transportes potenciem a taxa média para 7,3% em 2022, face à média de 5,7% em 2021”, o que faz com que os analistas prevejam que o banco central aumente a taxa diretora em 75 pontos este ano, 50 dos quais já no segundo trimestre.
A inflação homóloga subiu para 7,8% durante o mês de janeiro em Moçambique, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na quarta-feira.
As categorias de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes foram as que mais contribuíram para a subida de preços em janeiro face ao mesmo período de 2021, de acordo com o último boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
O mais recente relatório do Banco de Moçambique, refere que os principais riscos que podem influenciar uma subida de preços em Moçambique estão relacionados com os impactos da covid-19, aumento dos preços dos bens alimentares e combustíveis líquidos, a par de constrangimentos na cadeia de fornecimento de bens no mercado internacional.
Fonte: Lusa