Oxford Economics África vai rever crescimento económico nacional

O crescimento económico nacional pode passar de uma revisão para 2%, segundo a consultora Oxford Economics África. E isto vai dever-se à evolução registada no terceiro trimestre de 2021, sendo o maior registo desde antes da pandemia.

Os analistas referem que houve um crescimento na ordem de 3,36% entre Julho e Setembro de 2021.

Os analistas que avaliaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional referem, num relatório, que no início do ano o crescimento foi lento, entretanto, ganhou velocidade já na segunda metade do ano e “o terceiro trimestre acabou por ser o mais forte em termos de crescimento do PIB desde o segundo trimestre de 2019”.

Por outro lado, a Oxford Economics África avança que estes registos trazem boas perspectivas de aceleração na economia moçambicana, sendo que o PIB poderá fixar-se em 2,5% no próximo ano “num contexto de aumento das exportações de matérias-primas, sustentado no início da produção de gás natural na bacia do Rovuma, no projeto da Eni”.

Os analistas da Oxford Economics África apontam que, este ano, “a aceleração da produção na mina de Moatize, da Vale, sustentada numa melhoria das exportações de outras matérias-primas, e a redução das medidas de contenção da covid-19 deram fôlego à economia”.

O PIB nacional cresceu 3,36% no terceiro trimestre, acelerando a tendência de subida registada desde Janeiro, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O Produto Interno Bruto a preços de mercado apresentou uma variação positiva de 3,36% no terceiro trimestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano 2020, perfazendo um crescimento acumulado de 1,78%”, lê-se na nota sobre as contas nacionais trimestrais.

Os números deixam o PIB a 32 pontos base da meta estabelecida pelo Orçamento do Estado para este ano (2,1%) e reforçam o sinal de recuperação face à crise provocada pela pandemia de covid-19.

“O desempenho da actividade económica no terceiro trimestre de 2021 é atribuído em primeiro lugar ao sector primário que cresceu em 4,78%”, impulsionado sobretudo pela extracção mineira com um salto de 5,01%, referiu o INE.

Fonte: Lusa

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