O líder da Renamo, Ossufo Momade, reconhece que o partido político carece de reformas capazes de dirimir o actual clima de insatisfação entre alguns membros.
Recentemente, o partido viveu situações de tensões com antigos guerrilheiros da formação política a amotinarem-se na sede nacional exigindo a destituição do actual Presidente.
Momade minimizou a situação e disse haver mecanismos próprios na formação política que podem, formalmente, ditar o futuro do Presidente eleito em congresso.
Em entrevista à DW, disse, no mesmo sentido, que o país também deve seguir a mesma linha de reformas.
De acordo com Momade, o diálogo em curso entre os partidos políticos com assento parlamentar e o extraparlamentar, Nova Democracia, visa, fundamentalmente, aplicar reformas para assegurar a credibilidade das instituições eleitorais.
“Através deste diálogo, gostaríamos de ter órgãos eleitorais credíveis, sem influencia em nenhuma parte [do processo eleitoral]. O problema que temos é o que aconteceu com a Comisso Nacional de Eleições, que não tem poder de decisão, assim como o Conselho Constitucional. O trabalho que estamos a fazer é para encontrarmos nova fórmula que salve os processos eleitorais em Moçambique, para as eleições serem credíveis e não gerarem crises” disse.
Ele referiu que outro dos pontos fulcrais das reformas em discussão tem a ver com a reconciliação nacional para promover a paz no país.
Segundo Momade, o Governo deve reconhecer as situações que originam os conflitos e trabalhar para os colmatar.
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