O membro sénior do partido Frelimo, Óscar Monteiro, entende que ao longo dos anos as elites políticas governantes em Moçambique se preocuparam com questões menos importantes para o desenvolvimento nacional.
“O que se passou no nosso país foi que a liderança política passou a se preocupar mais consigo própria e o Estado passou a pensar em si próprio: edifícios, instalações, funcionários, mas isso não resolve o problema do emprego” disse à DW.
Conforme o veterano da luta de libertação nacional, aquele grupo de pessoas que sucessivamente controlou o Estado foi se preocupando com questões a si particulares, isolando o povo e as suas preocupações.
“Era preciso uma política que olhasse para os outros com generosidade, com sentido de inclusão social” referiu.
Apesar de o país estar a atravessar momentos críticos da sua história política, onde o povo reivindica tudo e mais um pouco, Monteiro acredita que ainda é possível reverter o cenário e ter o povo no centro das atenções.
“Isso ainda é possível. Não é possível se as pessoas começam a pensar em si próprias, nos seus estômagos, na política do umbigo” referiu.
Óscar Monteiro defende a união entre os moçambicanos e uma liderança exemplar para o país, uma vez ainda em fase de construção e desenvolvimento.
“Penso que este é o problema número um que temos no país. No momento em que for possível limpar e purificar o partido Frelimo, talvez o partido venha a ganhar – mas tem de lutar para isso – a admiração e o amor que já teve neste país, no tempo de Samora” disse.
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