O país vive o período de campanha eleitoral, em que os partidos políticos procuram convencer o eleitorado por que as suas formações políticas são a melhor alternativa para governar nos próximos cinco anos.
Nesse processo, visando o escrutínio de 09 de Outubro, as formações políticas têm direito de antena consagrados na Lei nos órgãos de informação públicos, embora os privados também o façam.
Isto está assim plasmado na expectativa de que, pelo menos, ao nível dos mídias, a divulgação do manifesto eleitoral seja equitativa. Mas, uma análise do Consórcio Eleitoral Mais Integridade verificou que essa perspectiva tem uma aplicação contrária ao expectável.
Na apresentação do balanço da segunda semana de caça ao voto, o consórcio revelou que o partido Frelimo é o que mais é beneficiado nos órgãos de informação. Ou seja, os profissionais de informação tratam com maior relevância de cobertura os movimentos eleitorais da Frelimo do que de outros partidos.
O Mais Integridade analisou 1.470 peças publicadas em órgãos de informação nacionais, sendo 27% em quatro jornais diários, cinco por cento em sete semanários; e 68% em cinco meios de radiofusão.
Estes dados também são reflectidos no facto de as televisões iniciarem os seus blocos informativos sobre as eleições/campanhas com peças na ordem Frelimo, Renamo e MDM.
Nos jornais semanários, a Frelimo teve uma cobertura de 38%, contra 21% para a Renamo, 19% para o MDM, e 18% para o Podemos. Nos diários a Frelimo teve uma cobertura de 42% do total de peças publicadas, contra 24% da Renamo, 18% do MDM, e 11% para o Podemos.
Nos meios de radiofusão, a Frelimo absorveu 29% de toda a cobertura realizada, contra 17% da Renamo, 16% para o MDM e seis por cento para o Podemos.
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