A Organização Mundial do Turismo (OMT), presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), lançou, ontem, a Declaração de Glasgow para a Acção Climática no Turismo.

A declaração assume o compromisso do sector de reduzir as suas emissões pela metade na próxima década e chegar à tão almejada neutralidade carbónica até 2050, e conta já com mais de 300 assinaturas.

O novo documento admite a “necessidade urgente” de se desenvolver um projecto mundial para a acção climática no sector do turismo e compromete os signatários “a medir, descarbonizar, regenerar e desbloquear o financiamento” nesta matéria, segundo uma nota da OMT.

Além disso, cada um dos 300 signatários da declaração compromete-se igualmente a submeter um “plano de acção concreto e actualizado”, dentro de 12 meses, contados a partir da assinatura do documento.

Entre os assinantes da declaração encontram-se entidades oficiais de turismo, destinos, países, stakeholders e diversas empresas privadas.

O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, defende que a declaração é um passo importante entre “as boas intenções e uma acção climática significativa”, e assume que “é necessária uma abordagem sectorial mais ambiciosa para garantir que o turismo acelere a acção climática de forma significativa”.

Entre os principais apoiantes da Declaração de Glasgow está também o Conselho Mundial das Viagens e Turismo, cuja presidente e CEO, Júlia Simpson, reconhece que o apoio a esta declaração visa juntar os intervenientes do sector privado.