Moçambique pode beneficiar de uma ajuda humanitária da Organização da das Nações Unidas, através do seu Escritório para os Assuntos Humanitários (OCHA), avaliada em cerca de 388,5 milhões de dólares, no próximo ano, segundo o relatório “Global Humanitarian Overview”, divulgado esta quinta-feira, em Genebra.
Este ano, o Plano de Resposta Humanitária para Moçambique do OCHA abrangeu 1.200 mil pessoas, e caso os apelos forem financiados pela comunidade internacional, o número de beneficiários devera manter-se em 2022.
Refira-se, no entanto, que o plano do OCHA visava assistir a um milhão de pessoas, um objectivo que foi ultrapassado, dispondo de apenas de 161,5 milhões de dólares (64%) do financiamento necessário de 254 milhões de dólares.
“No norte de Moçambique, as organizações humanitárias aumentaram significativamente a sua resposta, permitindo aos parceiros fornecer assistência de salvamento e sustentação de vidas a 1.23 milhões de pessoas em risco — mais do que o dobro do número de pessoas alcançadas em 2020″, lê-se no relatório.
As estimativas do Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários para o próximo ano são de que cerca de 274 milhões de pessoas em todo o mundo vão precisar de ajuda ou protecção humanitária, o maior número de sempre.
A ajuda humanitária às 183 milhões de pessoas em situações mais graves, em 63 países, custará 41 mil milhões de dólares, sublinha ainda o OCHA.
Para além de Moçambique, os fundos serão dirigidos para assistência a 27 milhões de pessoas na República Democrática do Congo, 24,4 milhões de pessoas no Afeganistão, 25,9 milhões na Etiópia, 20,7 milhões no Iémen e 20,1 milhões na Síria e ainda, entre outros grupos vulneráveis, a 7,7 de pessoas na Colômbia e 4,5 milhões na Venezuela.
Este ano, o OCHA ajudou 107 milhões de pessoas, em projectos realizados com a ajuda de organizações não-governamentais, sector privado e governos.
Fonte: rtp