ONU garante continuar a prestar apoio ao plano de reconstrução de Cabo Delgado

A Organização das Nações Unidas (ONU) garante que vai continuar a prestar apoio humanitário e de desenvolvimento na implementação do plano de reconstrução dos distritos afectados pelo terrorismo no norte da província de Cabo Delgado.

A garantia foi dada pela coordenadora-residente e coordenadora humanitária das Nações Unidas em Moçambique, Myrta Kaulard, que sublinhou que a reconstrução deve ser breve para permitir que as pessoas regressem aos seus locais de origem com segurança.

“É importante que as pessoas voltem e tenham serviços básicos e presença da administração civil para que possam ter condições de se auto-sustentar”, disse Myrta Kaulard, que falava esta semana, em Maputo, no contexto das celebrações do 76.° aniversário da ONU.

Para além do apoio no programa de reconstrução, a representante das Nações Unidas apontou a existência de um plano a ser apresentado depois da assinatura, no próximo mês de Novembro, do novo marco de cooperação entre o órgão que dirige e o Governo de Moçambique, para o período 2022/2023.

Neste marco, o tema principal é a resiliência e paz. Para realizar este desiderato, Myrta Kaulard indicou que foram identificados elementos fundamentais, nomeadamente, a equidade do género, resiliência climática, utilização sustentável dos recursos naturais, diversificação económica, governação transparente, direitos humanos e inclusão.

“Estas são as áreas em que trabalhamos com as instituições, mas ainda temos de assinar este acordo que vai complementar a parte humanitária das Nações Unidas e a parte do diálogo da paz que está a ser liderada pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para Moçambique, Mirko Mazoni”, apontou.

Frisou ainda que, neste plano, a organização global vai continuar a apoiar as instituições da sociedade civil para promover o bem-estar de todos os moçambicanos, em particular, das pessoas mais vulneráveis.

O plano de emergência, orçado em cerca de cerca 300 milhões de dólares norte-americanos, visa criar condições para a reconstrução e garantir o funcionamento normal dos distritos recuperados, nomeadamente, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga, Nangade, Macomia e Palma.

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