O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) submeteu, hoje, uma queixa-crime contra um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) que agrediu, ontem, uma cidadã na Avenida Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, enquanto decorria a investidura de Daniel Chapo, com o V Presidente da República.
Ontem, a Polícia da República de Moçambique (PRM) bloqueou as vias de acesso à Praça da Independência onde decorria a cerimónia de investidura. Pessoas que pretendia chegar ao local foram impedidas de transpor os bloqueios. Em alguns pontos a população protestou, sem violência.
Na Avenida Eduardo Mondlane, uma cidadã foi agredida por dois agentes da UIR. Um deu uma bofetada na senhora e outro a agrediu com chamboco/cassetete. Num vídeo colocado a circular nas redes socias é possível ver pelo menos três agentes na mesma cena. A senhora, indefesa, não reagiu às agressões.
“Por conta dessa actuação dos dois agentes da UIR, o CDD decidiu entrar com uma queixa-crime contra esse agente que está bem identificado [o que deu bofetada na senhora] para poder ser responsabilizado” disse o activista do CDD, André Mulungo à saída da Procuradoria-Geral da República, onde submeteu a queixa-crime.
Ele disse que, na actuação dos agentes da UIR, foram identificados dois crimes, um de ofensas corporais e outro de coação física com a intenção de injuriar.
Mulungo vai ainda mais longe a o referir que a coação física visava, na verdade, “lançar uma mensagem para todas as pessoas que estavam ali à volta, que qualquer movimento pode ser respondido na mesma dimensão e proporção em que foi violentada a cidadã que é causa desta queixa-crime”.
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