ONG questiona Chapo: Desmantelar ou continuar com esquadrões da morte?

ONG questiona Chapo: Desmantelar ou continuar com esquadrões da morte?

O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) diz haver vários esquadrões da morte em Moçambique, que totalizam cerca de 300 homens. Já ceifaram várias vidas. E o novo presidente é chamado a decidir pela eliminação ou continuação de execuções, uma vez que as ordens de execução partem de esquadras estratégicas do país.

De acordo com o CDD os grupos de assassinos operam no país desde o presidencialismo de Joaquim Chissano até aos dias que correm. Desde então, refere a Organização da Sociedade Civil, a actuação dos equadores da morte passou de Maputo para outras províncias do país, bem assim, alargaram o campo de elementos alvos.

Anteriormente, eram assassinados “discretamente” pessoas envolvidas em esquemas de corrupção ou que possuíam informações sensíveis sobre o Governo ou opositores políticos, nomeadamente, elementos destacáveis da Renamo, até ano passado, o maior partido da oposição, com assento parlamentar.

Entretanto, segundo a ONG, nos últimos dez anos, durante a governação de Filipe Nyusi, principalmente em períodos eleitorais, os esquadrões da morte ampliaram a alvos a abater.

Numa breve análise partilhada hoje, o CDD recorda os assassinatos em 2015, do professor Giles Sistac, em 2019, do activista e observador Anastácio Mataleve, em 2024 do advogado Elvino Dias, e do membro do Podemos, Paulo Guambe.

Hoje, os esquadrões da morte ‘criaram’ nos epicentros, e actuam sem a mínima descrição.

“Informações sobre alvos a serem eliminados passaram a circular abertamente nas redes sociais, numa afronta directa à sociedade e à comunidade internacional. O caso do advogado Elvino Dias e do político Paulo Guambe é emblemático: ambos foram mortos a tiros, num acto que já havia sido anunciado previamente em redes sociais por figuras próximas ao poder” lê-se.

Para o CDD, os grupos de assassinos actuam “com total impunidade”, até porque, no dia 15 de Janeiro, durante a tomada de posse do Presidente da República, Daniel Chapo, três jovens foram assassinados por um esquadrão de morte ligado à Unidade de Intervenção Rápida.

Nesta situação, o CDD questiona o papel Daniel Chapo: Desmantelar ou Continuar?

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