OMS propõe cortes orçamentais e novas prioridades após a retirada dos EUA

OMS propõe cortes orçamentais e novas prioridades após a retirada dos EUA

O Director-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou, ontem, a retirada dos Estados Unidos da América da organização.

“Lamentamos esta decisão e esperamos que os Estados Unidos a reconsiderem” disse, na abertura de uma reunião do Conselho Executivo da OMS em Genebra, Suíça.

Entretanto, em documento divulgado na segunda-feira, a OMS adiantou que a reunião, que vai decorrer até 11 de Fevereiro, vai abordar reajustes orçamentais, prevendo cortes de 400 milhões de dólares.

O conselho executivo propõe cortar a secção de programas básicos do orçamento de uma proposta de 5,3 mil milhões de dólares para 4,9 mil milhões de dólares.

Ghebreyesus informou que a agência pretende reduzir significativamente as despesas de viagem e interromper o recrutamento como parte de uma série de medidas de economia de custos.

Os Estados Unidos da América tomaram medidas para deixar a OMS durante o primeiro mandato de Donald Trump em 2020, mas o seu sucessor, Joe Biden, pôs fim ao processo antes da retirada efectiva.

Trump retomou o processo após a recente tomada de posse a 20 de Janeiro. Justificou alegando que a agência lidou mal com a pandemia da Covid-19 e outras crises internacionais de saúde.

Trump acusou mesmo a OMS de “roubar” os Estados Unidos, o principal doador da organização, que representa 18% do orçamento da organização. A saída deverá se efectivar em 22 de Janeiro de 2026.

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