O Governo e nova versão plausível sobre o naufrágio na Ilha de Moçambique

O Governo e nova versão plausível sobre o naufrágio na Ilha de Moçambique

Ao cair da tarde de domingo (7), um barco de pesca naufragou e causou 98 óbitos, na praia de Quissanga, na Ilha de Moçambique. Na embarcação seguiam 130 pessoas da localidade de Lunga para a Ilha de Moçambique. Fuga de surto de cólera foi a primeira causa apontada para sobrelotação do barco.

Essa versão foi até roçada pelo porta-voz do Conselho de Ministros, na terça-feira, Filimão Suaze. A imprensa, de certo modo, já vinha propalando essa suposta versão dos reais motivos. Acusou-se a desinformação e má interpretação sobre a doença.  Questiona-se aqui como a comunidade entende a propagação de doenças a ponto de levar a deslocações em massa.

Os motivos sobre a debandada dos sobreviventes não avançam, mas o Governo, naquela margem da tragédia, “desmente” a versão segundo a qual a população fugia da cólera.

Citado hoje pelo Notícias, o Administrador do distrito de Mossuril, lançou uma justificação aparentemente plausível. Disse ser normal a circulação entre Lunga e Ilha de Moçambique dado que as duas regiões têm relações comerciais há vários anos. Segundo Alfredo Machaieie, há pessoas que têm residências nas duas zonas.

Ele disse que as pessoas que seguiam na embarcação não fugiam da cólera. Algumas estavam em Lunga por motivos familiares e outros comerciais, incluindo a pesca.

De acordo com Alfredo Machaieie, naquela região o serviço de saúde não registou casos de cólera, vómitos e diarreias.

Dito isto, Sr. Governo, que justificativa é plausível?

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