O candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, defende a necessidade de se debater as causas e motivações das manifestações em Moçambique.
O partido reitera o apoio às manifestações contra aos resultados anunciados a 24 de Outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Para o presidente do MDM, não é suficiente somente discutir sobre as consequências das manifestações e se fazer apelos para sua cessação ou ocorrência pacífica.
Simango disse hoje a jornalistas, em Maputo, que tem recebido contactos de personalidades nacionais e internacionais, incluindo de fórum religioso, apelando a normalização da situação.
“É verdade que estamos todos preocupados pela segurança, tranquilidade e a ordem pública, circulação livre das pessoa e bens e pelas nossas liberdades individuais. Reconhecendo os problemas do país, que derivam das más políticas, corrupção generalizada, descriminação, exclusão e marginalização dos jovens, má gestão dos nossos recursos, perca de credibilidade das instituições políticas e da administração pública, por isso, hoje, não basta falar das consequências. Os apelos serão ouvidos, havendo a coragem, vontade política, honestidade de abordar das causas, as razões que levam o nosso povo estar na rua a manifestar” disse.
Conforme Lutero, as causas das manifestações no país são os resultados eleitorais “na posse do Conselho Constitucional” que não reflectem a vontade popular e a expressão dos eleitores nas urnas. “Há ausência da justiça eleitoral”.
“Este é o problema fundamental. A causa da situação pós-eleitoral que se faz sentir no país, associando com tantos outros problemas” notou, apontando a intolerância política, nível de pobreza, custo de vida, captura do Estado, raptos e sequestros.
Simango defende a conjugação de esforços para um diálogo nacional centrado na resolução do problema central: a questão eleitoral.
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