Um total de 328 empreiteiros abandonaram as obras que tinham sido adjudicadas pelo Governo, na província de Nampula, norte de Moçambique, devido à alegada falta de desembolso de fundos para a execução das empreitadas.
Trata-se de um número não quantificado de obras do sector da educação e saúde – salas de aulas e unidades sanitárias -, em diversos distritos da província.
Falando durante a sessão de observatório de desenvolvimento da província, a representante da Camara do Comércio de Moçambique, em Nampula, Juliana Harculete, explicou que, desde 2018 que está atrás do cliente para o pagamento da dívida, mas sem sucesso.
“Já recorri ao nível central para ver se pagavam a dívida, e reconheço que foi em vão. A associação já pediu uma reunião com a direcção provincial de finanças, Autoridade Tributária e outras entidades, para actualização e busca de saídas para o problema das dívidas, mas não conseguimos”, lamentou Harculete, citada pelo jornal local “Wamphula Fax”.
Entretanto, o governador de Nampula, Manuel Rodrigues, não concordou com a versão apresentada pela associação, e justifica que os empreiteiros abandonaram as obras por desonestidade, isto é, depois de terem recebido a primeira tranche do valor das obras.
“Há pessoas do sector privado, que fazem-se passar por empresários quando, na verdade, são burladores. Eu sei que muitos empresários, ficam com muito medo, quando se fala da Procuradoria e tribunais, porque sabem que estão com pendentes”, disse Rodrigues.
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