O município de Maputo defende a institucionalização de um fundo de emergência para uma melhor gestão de desastres naturais na maior autarquia de Moçambique.
A proposta foi apresentada ontem, quarta-feira (24), pelo edil Rasaque Manhique, explicando que os fenómenos naturais extremos são cada vez mais severos, com um grande impacto negativo sobre a cidade capital.
“Porque os fenómenos (naturais) são cíclicos e, com características cada vez mais severas, por isso, a semelhança da institucionalização do Comité Operativo de Emergência, urge instituirmos um fundo de emergência para melhor lidarmos com os fenómenos”, disse Manhique falando durante a II Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Maputo, sublinhando que “devemos, como órgão, elaborar os termos de referência para a gestão, transporte deste fundo que será para o bem dos nossos munícipes”.
Para o edil, citado pela AIM, os fenómenos tendem a ser cíclicos. Aliás, a tempestade que atingiu a capital moçambicana em Março afectou cerca de 49.647 pessoas, cerca de 10.640 famílias.
“A repetição destes fenómenos, e estes números assustadores, exigem de nós respostas consistentes e céleres a dimensão de uma cidade capital. Infelizmente, quase sempre, os fenómenos desta natureza encontram as cidades em contra pé dada a magnitude e imprevisibilidade do potencial destrutivo destes fenómenos”, apontou o edil.
O autarca afirmou que intervenções de fundo devem ser feitas à volta da capital para preparar a cidade para enfrentar eventos futuros.
“Como município precisamos de intervir na cidade a uma escala global, a médio e longo prazo, adaptando o perfil da mesma às exigências das mudanças climáticas, mas como devem calcular este é um trabalho que levará seu tempo dadas as condições objectivas em que nos encontramos”, concluiu.
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