Uma mulher de 43 anos de idade foi constituída arguida pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) por ter forjado o seu próprio rapto. O objectivo era extorquir cem mil randes (cerca de 400 mil meticais) ao amante.
De acordo com a STV, a mulher foi detida no domingo, dois dias após ter sido dada como raptada. Foi o seu namorado quem submeteu a queixa sobre o desaparecimento às autoridades.
“Quando eu vi que não tinha o valor, preferi mentir. Primeiro eu menti dizendo que tinha dinheiro”, disse a mulher.
O namorado diz-se traído pela mulher, com quem pretendia iniciar um negócio de importação de viaturas.
“Eu estou aqui por causa disse. Ela mandou mensagem dizendo que estava raptada. Aliás, me mandaram a mensagem com o suposto raptor. Entendi que era o raptor a tentar falar comigo, não ela. Então, só depois de meter a queixa na polícia, investigar e chegar até aqui, tive a informação que não era nenhum raptor a mandar mensagem para mim, era ela mesma a forjar essa brincadeira toda”, contou.
A mulher diz-se arrependida e com temor da reacção dos filhos por “não ter sido a mãe que talvez eles esperavam”.
O porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, disse que tem havido várias denúncias de casos de sequestros e raptos simulados.
“Há muitos cidadãos que têm sofrido os seus próprios raptos para terem algum benefício monetário e sentirem-se livres de certas situações sociais que os mesmos estejam a enfrentar”, notou.
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