A mulher de um militar das Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM) pede apoio para conseguir a soltura do marido que supostamente está detido há cerca de uma semana no quartel da Marinha de Guerra, na Catembe, cidade de Maputo.
Em vídeo, a mulher disse apenas lhe foi permitida visitar o esposo. Referiu que ele está debilitado e tem sofrido tortura psicológica.
“Ele está detido desde aquele dia em que ele fez o vídeo. Eu não tenho acesso a ele. Para ter informações sobre ele preciso de falar com os colegas. E só lhe vi um dia e percebei que ele estava debilitado. Ele não está bem psicologicamente, está a sofrer tortura psicológica. Por favor, a quem é de direito, eu peço ajuda” clamou.
O militar, identificado por Francisco Carlos Bonde, terá sido detido depois de gravar um vídeo onde criticou o uso da força policial contra manifestantes, e lamentou as condições de salários baixos da Polícia da República de Moçambique.
“Sinto pena. Vão lamber botas até quando” questionou.
Criticou o regime da Frelimo por apostar em entidades de capacidade duvidosa para liderar importantes pilares do Estado moçambicano. Revelou que o partido contrata jovens para criar vandalismo.
Alertou para a possibilidade de se decretar Estado de Emergência no país. “Nós não vamos dar esse espaço” disse.
“Estou com o povo porque eu sou povo. Estamos a organizar o país. Este país é de jovens, mano. Agora é o tempo de deixarmos o medo de lado, nos unirmos todos como moçambicanos. Se é para salvar Moçambique, vamos todos” afirmou o militar ora detido.
“No nosso país temos direito de liberdade de expressão e ele também a tem, embora seja militar… ele não é culpado, e só falou o que lhe ia ao coração. Isso não faz dele nenhum criminoso” notou a esposa.
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