O sistema ferro-portuário moçambicano transportou cerca de 26,6 milhões de toneladas líquidas em 2023, em todo o território nacional, um crescimento na ordem de 8% quando comparado com o período anterior.

Nas linhas operadas pela empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), o transporte de carga também apresentou um crescimento, alcançando cerca de 12,4 milhões de toneladas líquidas.

Embora o aumento seja mais modesto, apenas 1% em relação a 2023, reflecte a contínua actividade e importância dessas linhas no transporte de mercadorias.

Os dados foram revelados pelo Presidente do Conselho de Administração dos CFM Agostinho Langa Júnior, ontem, quinta-feira (25), em Maputo na abertura do XXVII Conselho de Directores da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique CFM.

“Em termos de transporte de passageiros que, como se sabe, constitui a nossa grande contribuição social, foram transportados pouco mais de sete milhões, que corresponde um crescimento de 25%, quando comparado ao período homólogo de 2022”, disse Langa, citado pela AIM.

Na área portuária, registou-se uma subida, ao manusear 63,4 milhões de toneladas métricas, contra 56,5 milhões de toneladas métricas registadas em 2022.

“Relativamente aos terminais sob gestão do CFM, foram manuseadas, durante este período, cerca de 12,3 milhões de toneladas métricas, contra 13,2 milhões de toneladas métricas manuseadas em 2022, o que representa uma redução na ordem de 7%, comparativamente a 2022, como reflexo da queda das exportações do carvão e das importações dos combustíveis líquidos através dos respectivos terminais do Porto da Beira”, apontou a fonte.

Contundo, o responsável apontou que em 2023 o sistema ferro-portuário de Moçambique enfrentou desafios significativos, sobretudo desastres naturais e dificuldades económicas regionais, mas apesar dos obstáculos, a empresa permaneceu comprometida com seus projectos alinhados com o Plano Quinquenal do Governo 2020-2024.