Moçambique vai receber a quarta maior fatia do orçamento da União Europeia (EU) referente ao próximo ano, na componente de ajuda internacional desta organização continental.
O anúncio foi feito esta terça-feira em Pemba, pelo euro-deputado português e presidente da missão conjunta da União Europeia e do grupo de África, Caraíbas e Pacifico (ACP), a Cabo Delgado, Carlos Zorrinho, para quem a decisão foi tomada, em função da crise humanitária em Moçambique, decorrente das acções terroristas, no norte do país.
Explicou que anualmente a União Europeia tem disponibilizado do seu orçamento cerca de 100 mil milhões de euros para a ajuda internacional e que parte deste valor vai para a acção humanitária na província de Cabo Delgado.
Carlos Zorrinho disse ter constatado com satisfação o nível de coordenação na ajuda humanitária por parte do governo e outras missões no terreno.
Por seu turno, Jomo Eswatini, co-presidente da missão parlamentar da assembleia conjunta da União Europeia e do grupo ACP disse a jornalistas ter encontrado no terreno, um espírito de resiliência.
“Ficamos muito impressionados com a resiliência e resistência do povo moçambicano que não desiste, segue em frente apesar das dificuldades. É um povo que quer dignidade e que actualmente precisa de ajuda, povo que quer voltar para se suportar com os próprios meios, uma vez acalmada a situação do terrorismo”, disse.
Em Cabo delgado, a delegação visitou alguns centros de reassentamento, interagiu com algumas vítimas do terrorismo, autoridades governamentais locais e organizações envolvidas no movimento de ajuda humanitária, no terreno.