Moçambique tem evidências de potencial petrolífero, assegura INP

Moçambique tem evidências de potencial petrolífero, assegura INP

Moçambique tem evidências que apontam para a existência de reservas com potencial petrolífero, assegurou, hoje, o Administrador da Área de Projectos e Desenvolvimento do Instituto Nacional do Petróleo (INP), José Branquinho.

Esse potencial encontra-se tanto no litoral, bem assim em algumas no interior do país. Apontou a costa da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, que apesar de contemplar já alguns projectos, ainda tem potencial para ser explorado; na mesma senda, o interior das zonas de Pande e Temane, na província de Inhambane; e a região do Zambeze, ao longo do rio do mesmo nome.

“Existem evidências do potencial petrolífero no país. Se permanecemos este período todo a realizar concursos públicos isto dá a entender que o potencial está lá. A região de Pande já foi largamente explorada e está sendo explorada. A Bacia do Rovuma que foi uma das últimas a levar a cabo a pesquisa também iniciou com um processo de pesquisas. Mas ainda permanece muito potencial para ser explorado ao longo desta bacia. E temos as bacias interiores, que foram objecto do terceiro concurso, em 2008, e infelizmente na altura não conseguimos atrair muitas empresas interessadas nessas áreas. Mas o potencial ainda está lá. Estamos a falar do baixo e médio Zambeze. São áreas que ainda têm potencial. Estamos a falar da zona mais a interior à Pande e Temane. Ainda existe algum potencial”, referiu.

Falando à Rádio Moçambique no âmbito das celebrações do 20º aniversário do INP, José Branquinho referiu que, desde a década de 40, Moçambique “já fez a execução de cerca de 200 poços, entre os de pesquisa e de produção”

Por outro lado, disse que entre 2005 e os dias que correm, o INP já realizou seis concursos

“Nos últimos 20 anos, durante o qual o INP existe, foram levados a cabo cinco concursos públicos, tendo sido o primeiro em 2005. No entanto, os concursos seguiram uma sequência bianual, sendo que esse processo foi interrompido em 2009, quando houve a necessidade de se fazer a revisão da Lei. Nessa altura tivemos de parar com o processo de licenciamento e só voltamos a ter o último concurso, o sexto, em 2021”, disse.

Ele manifestou a expectativa de verificar adesão massiva de empresas nas próximas concessões a serem feitas à semelhança das anteriores, “para ter o potencial petrolífero do país cada vez mais conhecido”.

“Isto vai fazer com que o país se reafirme como um produtor de hidrocarbonetos de referência a nível internacional. Mas também, poderá propiciar que as Pequenas e Médias Empresas existentes no país possam desempenhar o seu papel como provedores de bens e serviços”, disse.

As celebrações do INP vão decorrer, hoje, na cidade de Maputo. O evento vai contar com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi.

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