Moçambique quer cooperar com Emirados Árabes Unidos no combate ao terrorismo

Moçambique quer cooperar com Emirados Árabes Unidos no combate ao terrorismo

Os governos de Moçambique e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) vão cooperar no combate ao terrorismo, através da troca de informações sobre as acções de grupos extremistas, anunciou o executivo moçambicano.

A colaboração entre os dois países na luta contra o terrorismo é parte de um memorando assinado na terça-feira entre Maputo e Abu Dhabi, no âmbito da visita que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, realizou ao país árabe e que terminou na terça-feira.

Falando aos jornalistas no final da visita, Nyusi avançou que Moçambique quer tirar proveito da experiência dos EAU no combate ao extremismo violento visando intensificar a luta contra este fenómeno no país africano.

A neutralização de células ligadas ao extremismo islâmico e combate ao financiamento ao terrorismo são também outros dos objectivos visados pelo memorando de cooperação assinado pelos dois países, neste domínio, acrescentou Filipe Nyusi.

Ainda no âmbito da visita do chefe de Estado aos EAU, segundo a Lusa, os dois governos assinaram um acordo para a facilitação de negócios e outro sobre formação de moçambicanos naquele país asiático.

Moçambique e EUA manifestaram igualmente intenção de cooperar nas áreas das energias renováveis, agricultura, infraestruturas e transporte aéreo.

A assinatura do memorando de entendimento no combate ao terrorismo acontece num momento é que Moçambique, particularmente a província de Cabo Delgado, norte do país é desde 2017 assolado pela acção de grupos armados descritos pelas autoridades e por entidades externas como terrorismo.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de violência a sul da região e na vizinha província de Nampula.

Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o ACNUR, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.

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