Moçambique perdeu 24,8 mil milhões de meticais em consequência da paralisação das actividades públicas e privadas em dez dias de manifestações, calcula a Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA.
Segundo o presidente da agremiação, Agostinho Vuma, os sectores mais afectados foram os dos transportes, logística e comércio.
Os operadores da zona metropolitana de Maputo reportaram o surgimento de postos de cobrança ilegais, e perdas de receitas estimadas em 417 milhoes de meticais em 10 dias.
A interrupção do tráfego no corredor Maputo-Witbank, do lado de Moçambique, levou à redução do fluxo normal de camiões do Porto de Maputo, de uma média diária de 1200 camiões para cerca de 300 camiões, nos dias de greve.
Vuma referiu que 11 unidades empresariais suspenderam, temporariamente, as suas actividades.
Em conferência de imprensa, referiu que os protestos e as vandalizações colocaram em risco mais de 1200 postos de trabalho, com maior incidência nas cidades de Maputo e Matola.
“As vandalizações tiveram um custo de mais de 45,5 milhões de dólares norte-americanos, que colocaram em risco mais de 1200 postos de trabalho, de forma directa, devido ao nível de vandalização” referiu.
Neste sentido, de perdas económicas que influenciam as projecções de crescimento estimadas e 5,5% para este ano, a CTA propões a isenção de IVA para produtos de primeira necessidade, óleo, sabão, açúcar, frangos e ovos.
“Ao nível da política monetária, propomos a contínua diminuição da taxa mimo, que está a 39%. A nossa sugestão é que ela vá até 20% do metical e 5% ao dólar norte-americano” sugeriu Agostinho Vuma.
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