Moçambique está no Fórum dos Países Exportadores de Gás, só para observar

O Presidente da República, Filipe Nyusi, selou, hoje, em Doha, capital do Qatar, a adesão ao Fórum dos Países Exportadores de Gás, marcando um significante pacto na projecção de Moçambique para tornar-se em um dos maiores produtores e exportadores de gás.

“De pequeno exportador para a região Austral e África, passaremos a fazer parte da família dos exportadores mundiais de gás natural, juntamente com as nações aqui representadas”, disse Nyusi, que discursava entre chefes de Estado e de Governo, num sessão que fecha o VI encontro do fórum, a decorrer em Doha, desde domingo.

Na segunda-feira, os 11 países membros aprovaram a entrada de Moçambique na organização como observador, uma “adesão que a partir de hoje se concretiza”, frisou Nyusi.

O chefe de Estado realçou que uma nova página para Moçambique será aberta com a entrada em funcionamento, este ano, da plataforma de exploração e liquefação de gás ao largo da costa de Cabo Delgado.

Todo o gás vai ser exportado, vendido à petrolífera BP, e toda a riqueza gerada deve ser “factor de paz, estabilidade, segurança e promoção de desenvolvimento”, acrescentou.

O chefe de Estado voltou a apontar o gás natural liquefeito (GNL) como a energia de transição, ou seja, a menos poluente das energias fósseis, e do fórum espera informação e experiência para estruturar os projetos GNL “para benefício do povo, incluindo as futuras gerações”.

Os actuais observadores do fórum incluem Angola, Azerbaijão, Iraque, Malásia, Noruega, Peru e Emirados Árabes Unidos.

O Fórum dos Países Exportadores de Gás é composto por 11 países membros: Argélia, Bolívia, Egipto, Guiné Equatorial, Irão, Líbia, Nigéria, Qatar, Rússia, Trinidad e Tobago e Venezuela.

Segundo a organização, os estados-membros respondem por 44% da produção global de gás e 67% das reservas mundiais de gás.

Da mesma forma, são responsáveis por 64% das linhas de transmissão de gás e 66% do comércio de GNL em todo o mundo.

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