Os postos fronteiriços de Zôbué, Muanza, Calomué e Ndiza, que estabelecem as travessias entre Moçambique e Maláui, passam a funcionar em regime de fronteira de paragem única a partir dos finais de Abril corrente.
A decisão foi tomada pelos dois governos no decurso do encontro bilateral que está a decorrer na cidade de Tete, província central com o mesmo nome, sob orientação do Alto-comissário de Moçambique no Maláui, Alexandre Manjate e da Embaixadora do Maláui em Moçambique Wezi Moyo.
Segundo a Rádio Moçambique, a medida visa facilitar as trocas comerciais, combinando a modernização e estabelecimento de postos fronteiriços de paragem única, investimentos em tecnologias de comunicação e informação, reformas relacionadas com as transacções internacionais e medidas de apoio ao desenvolvimento de cadeias de valores.
O Alto-comissário de Moçambique no Maláui, Alexandre Manjate, que falava esta terça-feira, na cidade de Tete, explicou que o encontro técnico em curso visa harmonizar os procedimentos a serem implantados nas duas fronteiras.
Manjate referiu que, numa primeira fase, parte dos serviços migratórios passarão a funcionar nas instalações malauianas, pelo facto deste país ter as suas instalações concluídas em três das quatro fronteiras com Moçambique nomeadamente Muanza que faz fronteira com Zôbué e Ndiza que faz fronteira com Calomué na província central de Tete.
“O trabalho que as duas equipes tiveram é de visitar os locais, identificar os pós e contras, elaborar relatórios que serão debatidos e com base nisso decidirmos que nos próximos tempos este projecto pode se tornar uma realidade, tendo em conta que os relatórios até aqui elaborados reflectem o desejo de ambas partes operacionalizar brevemente este projecto de extrema importância para os dois países assim como para a região”, aclarou Manjate.
Já a embaixadora do Maláui em Moçambique, Wezi Moyo, salientou que a decisão tomada entre as partes é um ganho a ser celebrado, pois pela primeira vez na história dos dois países está a ser implementado um projecto cujo benefício é mútuo.
“As duas delegações chegaram a um consenso de que este programa deve ser implementado imediatamente, por isso estamos a harmonizar os procedimentos e a esperança que até finais de Abril o projecto arranca”, disse Moyo.
(Foto DR)
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